Quem nunca se questionou o que realmente é a felicidade? Às vezes achamos que a rotina do dia a dia é a grande culpada pela infelicidade. Idealizamos que se vivêssemos uma aventura todos os dias, isso traria plena satisfação para nossa vida, certo?

Recentemente assisti um documentário biográfico incrível na Netflix, chamado “Expedition Happiness” ou em português “Expedição da Felicidade” que vale muito a pena assistir, ele traz o questionamento do que precisamos para sermos felizes.

O documentário mostra a aventura que o casal de alemães Felix Starck e Selima Taibi vivem junto com seu cachorro Rubi. Eles embarcam em um ônibus escolar personalizado, começando sua viagem na América do Norte, passando pelo Alasca, até chegar ao calor do México. Os três vivem aventuras desde atravessar geleiras e desertos, até um encontro inusitado com um traficante do México e com o exército! Todo dia uma aventura nova, paisagens de tirar o fôlego e vivendo o sonho deles em busca da felicidade.

Falando assim por cima, parece que é a vida dos sonhos: você viajando com alguém que gosta, seu cachorro ao lado, lindas paisagens e aventuras. Sem rotina, sem regras, sem obrigações. Parece o sonho, né?!



Mas esse documentário vai muito além disso. Nos mostra que até vivendo “a vida dos sonhos” que muitos de nós queríamos viver, ainda sim, há problemas. No começo do documentário, tudo o que o casal queria era fugir da rotina e viver uma experiência nova todos os dias, sem planejar nada. No final, tudo o que eles querem é voltar a estabilidade da antiga vida que tinham e do cotidiano o qual tanto queriam fugir.

De modo geral, percebemos que a felicidade não vem com a falta de rotina ou de não depender de ninguém. A felicidade está nos pequenos detalhes, em cada conexão que você estabelece com alguém, nos simples afazeres do dia a dia, do conforto da nossa casa e de estar perto das pessoas que amamos.


Muitas vezes, achamos que ser feliz é não depender de ninguém, e sim ser autossuficiente com nossos sentimentos. Mas nessa aventura, Felix e Selima nos mostra que nós como seres humanos, sempre vamos precisar uns dos outros e viver experiências com outras pessoas. Uma das frases mais marcantes do documentário é quando Feliz diz: “Na minha primeira viagem, eu pedalei sozinho. Felicidade é a única coisa que duplica se for dividida.”  

Não só isso, mas felicidade também está em superar desafios e se recompor, assim como Selima diz em umas das cenas quando absolutamente tudo começa a dar errado: “Quando tantas coisas dão errado, nos perguntamos por que estamos viajando. Não estávamos nem um pouco felizes, mas acho que faz parte da viagem. Percebemos que a felicidade está na superação dessas coisas, em não perder o otimismo, em se recompor.” No final, passando por várias cidades e situações, o final do documentário é surpreendente e acabando no último lugar que você imaginaria.
Concluindo, a felicidade não é algo que você possa procurar e também não é algo constante, mas sim, toda forma de conexão que você estabelece com alguém, dos pequenos momentos que você vive: daquela risada da sua mãe, da crise de riso dos seus amigos, de ver seu cachorro abanando o rabo quando você chega em casa, do pôr do sol que você vê da janela do ônibus. A felicidade não precisa de esforços grandiosos e nem de viagens fabulosas para ser encontrada, ela está acontecendo em toda manifestação de vida e nos pequenos detalhes do dia a dia.

Assista ao documentário clicando aqui.

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