NÃO SEJA UM AMOR LÍQUIDO
Você já deve ter ouvido a expressão “Vivemos tempos líquidos”, se você já teve curiosidade para saber o que isso significa ou já leu sobre, já deve ter percebido que o cenário da nossa geração é desanimador.
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt
Bauman “Os tempos são ‘líquidos’
porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser ‘sólido’
[...] É um mundo de incertezas. E cada um por si.”
Mas de toda a sua tese, a que mais me
assusta, é a parte do “Amor Líquido”. Ele explica que hoje em dia as
pessoas “amam” conforme os bens de consumo: “mantenha-os enquanto eles te
trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais
satisfação. [...] Na sua forma ‘líquida’, o amor tenta substituir a qualidade
por quantidade.”
Queria bater o pé e dizer que isso é
mentira, que nossa geração não ficou tão insensível assim para o amor, mas
infelizmente esse não é o caso. Em um mundo onde o amor é desvalorizado, parece
que lealdade, companheirismo e qualidade, saíram de moda.
A cultura do “usou, joga fora” ou do “não
se apega a ninguém”, pode até parecer tentadora por um tempo, mas apenas,
por um tempo. Inevitavelmente, mais cedo ou mais
tarde, todos nossos atos têm uma consequência. A realidade é que quanto mais de
todos você se torna, menos de um só você será. Você já viu objeto que passa de
mão em mão se tornar valorizado? Porque eu não. A única coisa que relacionamentos
sem compromisso trazem no final, é o sentimento de vazio.
Virar amostra grátis acaba com o que
vai ser imprescindível no futuro: lealdade, exclusividade e valorização.
Por isso, por mais líquido que seja o
tempo em que vivemos hoje, escolha não ser esse tipo de pessoa. Escolha ser sólido,
estável, confiável e verdadeiro. Jamais troque a qualidade, pela
superficialidade. Não é porque o mundo desvalorizou o comprometimento duradouro,
que você precisa fazer o mesmo. Por isso escolha ser sólido,
pois tudo o que é líquido, um dia escoa e nunca mais é lembrado.

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